Review – Street Fighter 30th Anniversary Collection

Para celebrar o aniversário de 30 anos da franquia Street Fighter, a Capcom lançou nesse início de junho o título “Street Fighter 30th Anniversary Collection”, uma coletânea com 12 jogos que marcaram época e contribuíram para estabelecer Street Fighter como o principal nome do gênero de lutas na história do vídeo game. Estão inclusas as versões originais de arcade dos seguintes jogos:

Street Fighter 30th Anniversary Collection

  • Street Fighter (1987);
  • Street Fighter II: The World Warrior (1991);
  • Street Fighter II: Champion Edition (1992);
  • Street Fighter II Turbo: Hyper Fighting (1992);
  • Super Street Fighter II (1993);
  • Super Street Fighter II: Turbo (1994);
  • Street Fighter Alpha (1995);
  • Street Fighter Alpha 2 (1996);
  • Street Fighter Alpha 3 (1998);
  • Street Fighter III: New Generation (1997);
  • Street Fighter III: 2nd Impact (1997);
  • Street Fighter III: 3rd Strike (1999).

Todos esses títulos oferecem o modo arcade clássico, versus local para jogar com os amigos e suporte a ao recurso de save state enquanto em quatro deles (Turbo: Hyper Fighting, Super Turbo, Alpha 3, and 3rd Strike) é possível realizar disputas online com matchmaking ranqueado e partidas organizadas em lobby.

Como dito anteriormente, as versões disponibilizadas pela Capcom são as originais de arcade e se por um lado isso garante acesso as versões com melhores gráficos e jogabilidade sem se preocupar com o consumo de fichas, por outro a dificuldade é bastante elevada. Basta pensar que o objetivo dos fliperamas era fazer os jogadores gastarem ao máximo e isso não aconteceria se o jogo fosse fácil o bastante para ser batido com apenas uma ficha. Jogar em 2018 alguns títulos como Street Fighter II e Super Street Fighter II: Turbo, e constatar os quanto desafiadores eram, me deixou mais aliviado e de consciência limpa por nunca ter conseguido bater M. Bison em um fliperama antes. (Com exceção claro ao Street Fighter de Rodoviária e a giratória de fogo invencível do Zanfief. Mas infelizmente essa versão “alternativa” de Street Fighter não está na coletânea da Capcom).

A jogabilidade preservada faz com que o jogador que se aventure e se desafie a vencer cada um dos títulos disponíveis consiga perceber a evolução da série ao longo do tempo. Da experiência sofrida e contestada do Street Fighter original até os combos, golpes especiais e movimentos fluídos das versões Alpha e Street III. Eu sempre duvidei de que o jogo original de 1987 fosse tão ruim como dizem e graças a essa versão comemorativa foi possível constatar que ela não é muito ruim… é péssima! Com comandos imprecisos e golpes difíceis de se executar o jogador se vê frustrado e desafiado a enfrentar os adversários apelões. Sagat mandou um abraço! (Ou um Tiger Uppercut direto na sua cara enquanto lia esse review). Me surpreende e me alegra muito que alguém tenha tido coragem suficiente para lançar uma sequência para esse jogo.

E QUE SEQUÊNCIA! Street Fighter II mudaria para sempre a história dos videogames e está impecavelmente disponível para ser apreciada por todos. Sejam os jogadores mais velhos que viveram a época de ouro dos fliperamas ou para os mais novos que vão poder conhecer e entender a evolução do gênero de luta. Todos os títulos mantêm a dificuldade original elevada mas se necessário isso pode ser alterado nas configurações e o uso de save state também pode facilitar a vida de quem não estiver se dando bem.

Super Street Fighter II: Turbo (1994), Street Fighter Alpha 3 (1998) e Street Fighter III: 3rd Strike para mim foram os jogos mais difíceis e enquanto esse escrevo a review ainda não havia terminado Street Turbo e nenhum jogo da série III, pois tento vencê-los sem o uso do recurso save state. Esse tipo de desafio é particular de cada jogador e cada um pode aproveitar e se divertir como bem entender.

Se a oportunidade de ter uma compilação com 12 jogos históricos não é o suficiente para convencer o jogador a optar pela compra, o Modo Museu faz isso por si só. Repleto de informações, dados históricos, fotos, arte originais e músicas, esse modo permite ao jogador embarcar em uma viagem à história da franquia, relembrar alguns fatos, aprender sobre outros tantos, tudo de forma organizada em uma linha do tempo de fácil navegação e interativa.
Fiquei surpreso ao ver um material publicitário de Final Fight com o título de Street Fighter 89 e aprender que por muito pouco o jogo que viria a ser lançado meses depois não chegou às lojas carregando o nome de Street Fighter. Com o passar do tempo a Capcom inclusive incorporou personagens de Final Fight na série Street Fighter. Tudo isso está contado no modo museu, que mostra ainda curiosidades como a aparição de Chun Li no fundo de um cenário de Final Fight.

O modo museu de Street Fighter 30th Anniversary Collection apresenta ainda a biografia de cada lutador da série em formato de ficha, com a história e fatos sobre cada um e ainda textos sobre cada jogo da série, explicando o contexto em que foram desenvolvidos e lançados. Há também comparações de jogabilidade e de recursos das versões anteriores e explicação de como desbloquear personagens adicionais, cores alternativas de roupas ou como enfrentar algum oponente especial, como Akuma, em Super Street Fighter Turbo.

É possível também fazer um comparativo quadro a quadro dos principais golpes dos personagens nas diferentes versões. Fica notável a evolução e a crescente quantidade de quadros de um Hadouken, por exemplo, quando se compara o jogo original com versões mais modernas como a série Alpha. Cada uma das músicas e sons presentes nos jogos também podem ser ouvidos a qualquer momento. O modo Museu é um baú lotado de história e conteúdo, indispensável para qualquer colecionador ou amante da série Street Fighter.

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Este review foi produzido por meio de uma cópia do jogo para Xbox One cedida pela assessoria de imprensa da Capcom no Brasil.

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