Review – Titan Quest

Titan Quest é um jogo de RPG de ação que chegou esse ano aos consoles PS4 e Xbox One, mais de 12 anos depois de seu lançamento original para PCs em 2006. Talvez nessa época o jogo tivesse a sua relevância pois já se passavam seis anos do lançamento de Diablo 2 e os fãs do gênero buscavam alternativas para suprir a carência por novidades. Mas para o ano de 2018, especialmente por se tratar de um port com ajustes mínimos de jogabilidade, não, esse jogo não faz sentido, salvo para os saudosistas.

Mencionar Diablo para explicar o que é Titan Quest é inevitável. Como grande expoente do gênero, a trilogia da Blizzard praticamente definiu o gênero de RPG de ação no que diz respeito a mecânicas, seja de combate, progressão, gerenciamento de recursos, busca de loots, etc. Titan Quest segue as mesmas premissas de Diablo e coloca o jogador em uma aventura de exploração em perspectiva isométrica em um mundo antigo com referências a diversas regiões e povos, que incluem a Grécia Antiga, o Egito e a Rota da Seda que leva à Ásia. Apesar dessa aparente profundidade, não se deve esperar nada mais do que uma história rasa e que está lá somente para guiar o personagem. Não há grande envolvimento com os personagens não jogáveis ou grandes tramas desenvolvidas ao longo da história.

A campanha pode ser jogada toda em até 6 jogadores simultâneos online mas não permite co-op local. Os cliques frenéticos do mouse, comum nesses jogos nas versões de PC, foram substituídos por um simples pressionar do botão de ataque no controle, enquanto que o personagem se encarrega de executar sequência de golpes. Com o gatilho analógico da esquerda o jogador pode mudar a direção do ataque caso esteja cercado ou decida mudar o foco para outro inimigo. Durante minha experiência, mesmo jogando em um Xbox One X não foi raro, no entanto, se deparar com animações travadas.

Em pouco tempo atacar se torna enjoativo e desinteressante, o que é um grande problema visto que isso é o que o jogador vai estar fazendo na maior parte do tempo. Para evoluir o nível do personagem e ir desbloqueando habilidades e mais capacidade de vida e inventário o jogador não vai escapar de repetir algumas vezes a mesma área. Esse “grind” é necessário para enfrentar alguns chefes e dungeons mais avançadas que muita vez o jogador chega sem estar preparado para enfrentar. O espaço limitado no inventário também pode obrigar o jogador a “ir e vir” muitas vezes para vender equipamentos e estar pronto para seguir a jornada buscando novos itens.

O fato de se tratar de um port da versão de PC acarreta em diversos problemas que poderiam ter sido resolvidos nas versões de consoles e que compromete bastante a experiência final. Além dos gráficos serem antigos e desinteressantes, a interface com o usuário é totalmente defasada em comparação ao que se pratica atualmente. É como ter que voltar no tempo e lidar novamente com janelas e mais janelas, caixas de texto intermináveis, dificuldade de leitura dos textos e tudo mais que era perfeitamente aceitável no início dos anos 2000.

É bom ressaltar que por ter um preço mais acessível do que os lançamentos consagrados, sendo R$59,00 para Xbox e R$107,50 para PlayStation 4 e especialmente para quem jogou o título originalmente no PC, o jogo pode valer a pena. Mas se considerar que não é raro encontrar a versão definitiva de Diablo 3 por cerca de R$100, talvez comprar Titan Quest pelo preço cheio pode ter um custo benefício questionável.

Confira os títulos na Xbox Live e na PSN

Xbox – R$59,00

https://www.microsoft.com/pt-br/store/p/titan-quest/bnc1bnggswhv

PSN – R$107,50

https://store.playstation.com/pt-br/product/UP4389-CUSA08539_00-TITANQUEST000000

 

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Este review foi produzido com uma cópia digital do jogo fornecida pela assessoria de imprensa.

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