Review | Um Tio Quase Perfeito 2

Continuação do filme homônimo lançado com sucesso em 2017, Um Tio Quase Perfeito 2 abre a temporada de lançamentos nos cinemas em 2021, mesmo em um momento complicado por causa da pandemia do novo coronavírus.

O lançamento nos cinemas é bem oportuno, afinal estamos em período de férias escolares, e a criançada ganha uma alternativa e um bom motivo para sair de casa, em segurança, para aproveitar as férias antes do início de mais um ano letivo.

O primeiro Um Tio Quase Perfeito (disponível na Globoplay e também no Telecine) apresentava Tony (Marcus Majella), um malandro trambiqueiro que adorava se disfarçar para ganhar dinheiro de inocentes. Tudo mudou quando ele ficou responsável por cuidar dos três sobrinhos, mesmo não levando o menor jeito para o ofício. Não faltaram confusões e lições aprendidas nessa inesperada parceria.

Três anos depois, tio Tony está de volta, desta vez um pouco mais maduro e responsável, convivendo bem com os sobrinhos, a irmã e a mãe. As coisas, porém, se complicam quando sua irmã Ângela (Leticia Isnard) anuncia que vai se casar com Beto (Danton Mello).

Adorado por todos na família, Beto logo desperta o ciúme de Tony, que enxerga no novo integrante da família uma ameaça ao posto de tio mais adorado. É em cima deste conflito que a história do novo filme irá se desenrolar, criando assim a desculpa perfeita para mais uma série de armações que Tony vai fazer para tentar provar que seu rival não é tão legal quanto parece.

Mantendo o clima familiar e o bom humor, Um Tio Quase Perfeito 2 se torna uma grande aposta dos cinemas diante das necessárias restrições que foram apresentadas para evitar a transmissão da Covid-19 e garantir uma retomada segura para o público. O primeiro filme levou mais de 500 mil pessoas aos cinemas, graças a sua temática, a faixa etária e a popularidade de Marcus Majella, elementos que continuam neste segundo filme e que contribuem para que o público volte aos cinemas.

Para quem for conferir, o novo filme carrega uma grande mensagem de amor e tolerância, sem esquecer o bom humor, focando sempre nas relações familiares bem conhecidas. O filme proporciona também um gostinho de Sessão da Tarde dos anos 1990, evocando o clima de produções como famosas como Uma Babá Quase Perfeita e Um Tira no Jardim de Infância.

Esta continuação perde um pouco o frescor da premissa do filme original, o humor algumas vezes parece datado, e alguns arcos narrativos são frágeis. Mas tudo é compensado pelo enorme talento e carisma de Majella, que cria empatia com as crianças desde a primeira cena, segurando as pontas sempre que necessário.

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