Review | Loki 2ª Temporada (Disney+)

O review vai ter SPOILERS porque é inevitável, assim como Thanos. Ao final do último episódio da segunda – e possivelmente última – temporada de Loki, ficou a pergunta: para que serviu a séria?

Na minha leitura, serviu para o MCU (ou UCM – Universo Cinematográfico Marvel, apertando a tecla SAP) se despedir de um de seus mais carismáticos personagens (graças a seu intérprete, Tom Hiddleston) e, de quebra, deixar uma rota alternativa caso Kang (ou seja, o ator Jonathan Majors) fique inviável por conta das denúncias de violência, que ainda serão julgadas pela lei.

Despedida de Loki? Não apenas pelo Deus da Trapaça se tornar o Tear Temporal (ou a Árvore da Vida da mitologia nórdica, Ygdrasil), uma entidade além do tempo e dos acontecimentos, mas também pelo post de Hiddleston fazendo um balanço de seus 14 anos no personagem (“eu tinha 29, hoje tenho 42”).

Hiddleston que, aliás, era para ser o vilão de Vingadores e acabou se tornando o melhor anti-herói do MCU por força da atuação do ator. Se seu sonho inicial era superar o irmão Thor, na narrativa cinematográfica ele conseguiu, especialmente em comparação a Thor: Amor e Trovão, até agora última e melancólica aparição do Deus do Trovão.

No caminho para dominar e aprender seus novos poderes temporais, Loki reproduz a saga de Feitiço do Tempo, ficando num loop temporal de séculos até conseguir salvar seus amigos da TVA e as linhas do Multiverso, mesmo que a um grande custo pessoal.

De modo geral, a primeira temporada foi mais satisfatória, tanto narrativamente quanto pela introdução de Kang – o então anunciado megavilão da vez – quanto por personagens como Sylvie (Sophia Di Martino, de Yesterday) e Moebius (Owen Wilson, ótimo no papel).

Este último continuou tendo sua importância na segunda temporada, enquanto a variante feminina de Loki ficou meio solta na história. A principal introdução desta temporada foi o Oroboros de Ke Huy Quan, o ex-ator mirim dos anos 80 que voltou aos holofotes graças a Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, o grande vencedor do Oscar deste ano.

A grande decepção foi a Ravonna Rensleyer de Gugu M’Batha Raw (The Morning Show), totalmente perdida no rolê.

A variante de Kang que vimos pela primeira vez em umas das cenas pós-créditos de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania até que foi interessante, mas nem era uma ameaça. Acho que Kevin Feige ainda está indeciso entre manter Majors ou, como dizem os boatos, introduzir o Doutor Destino e fazer dele o Thanos da vez.

O problema é que o monarca da Latvéria é um inimigo do Quarteto Fantástico e estes ainda vão demorar a entrar no MCU.

No final das contas: vale a pena ver esta temporada? Se você viu a primeira, certamente sim. E se você quer se manter informado sobre o futuro do MCU, Loki pode ser uma pedra angular, especialmente se o cancelamento de Kang se confirmar.

Review | Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Review | Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

Marcos Kimura http://www.nerdinterior.com.br

Marcos Kimura é jornalista cultural há 25 anos, mas aficionado de filmes e quadrinhos há muito mais tempo. Foi programador do Cineclube Oscarito, em São Paulo, e técnico de Cinema e Histórias em Quadrinhos na Oficina Cultural Oswald de Andrade, da Secretaria de Estado da Cultura.

Programa o Cineclube Indaiatuba, que funciona no Topázio Cinemas do Shopping Jaraguá duas vezes por mês.

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