Review | Guardiões da Galáxia – Volume 3

Guardiões da Galáxia Volume 3 é o grande lançamento da semana nos cinemas, e já vi. Para começar: devo gastar meus tostões para ver o novo filme do MCU? A resposta é sim. Mas, porque?

Este é um filme com uma história de bastidores intrigante: ele deveria ter sido feito muito antes, mas a demissão de James Gunn da Marvel por causa do episódio dos tweets feitos muitos anos atrás e a subsequente contratação do cineasta pela concorrência – leia-se, DC – causou esse hiato de seis anos entre os Volumes 2 e 3. E, ainda por cima, por O Esquadrão Suicida e a série Pacificador ter agradado a administração da Warner, Gunn acabou alçado ao posto de “Kevin Feige” do novo universo de Batman e Superman.

Sendo assim, ao retornar à Disney após seu “descancelamento”, o cineasta teve carta branca para encerrar a trilogia dos Guardiões da Galáxia. E ele o fez declarando seu amor a esses personagens com quem conviveu por uma década.

Estabelecidos em seu QG em Lugarnenhum, os heróis criam uma comunidade que logo de se vê às voltas com uma grande ameaça: a chegada de Adam Warlock (Will Poulter, de Maze Runner), um ser superpoderoso criado pelos Soberanos (vistos no Volume 2), enviado pela rainha Ayesha (Elizabeth Debicki, de The Crown).

Durante a luta, Rocket (Bradley Cooper, mas na versão dublada vocês não perceberão) é ferido mortalmente, e para curá-lo, os amigos terão que invadir um complexo industrial fortificado.

No processo de salvar o quaxinim casca-grossa, flash backs nos contam sua história pregressa e o papel do Grande Evolucionário (Chukwudi Iwiji, da série Pacificador) nela. Uma jornada de dor, sacrifícios e que explica quem é Rocket Racoon.

Toda a história de invadir a sede da corporação (que tem como bônus a participação de Nathan Fillion, que virou cult do sci-fi por causa da única temporada de Firefly), do plano do vilão de capturar sua criação, etc, é bem tosca e não passa uma desculpa para a equipe fazer uma DR de duas horas e meia e fechar os arcos de cada um de forma satisfatória.

São as interações entre os personagens que importam, e não a trama em si, que é bem genérica, por sinal. Funciona porque acompanhamos Peter, Rocket, Nebulosa (Karen Gillan), Dax (Dave Bautista), Groot (voz de Vin Diesel), Mantis (Pom Klementieff, que veremos sem maquiagem no próximo Missão: Impossível) e Gamora (Zoe Saldana) não apenas nos dois Volumes anteriores, mas também nos dois últimos Vingadores, no Especial de Natal e em Thor: Amor e Trovão (se bem que, neste caso…).

As duas cenas pós-créditos são indicativos do que pode vir a seguir, sendo que a última é categórica em relação a um personagem. Mas do jeito que as coisas andam na Marvel, vai saber…

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