Review | O Segredo da Floresta (Cinema Virtual)

O Topázio Cinemas apresentou uma novidade para o público, o Cinema Virtual, uma plataforma de streaming que contará com títulos alternativos e premiados. O catálogo de filmes programados em Indaiatuba pode ser conferido através do link www.topaziocinemas.com.br/cinemavirtual. Uma das produções já disponíveis é o misto de terror e suspense O Segredo da Floresta e o review você confere abaixo!

Saiba mais em: Topázio Cinemas entra na plataforma Cinema Virtual.

O Segredo da Floresta tinha tudo pra ser, pelo menos, um filme de gênero de execução interessante, apesar do que o título genérico sugere. O maior problema no longa dirigido por Vikram Jayakumar é como falta uma dose de originalidade no todo. O longa não pode nem ao menos se gabar de ser um filme mediano eficiente, já que se perde nos próprios clichês do gênero.

Explico. Na trama, um casal de Los Angeles decide viajar para o norte da Índia a fim de passar alguns dias relaxando no país de origem de Jay (Sahil Shroff). Com planos de pedir a namorada Amy em casamento, o sonho de Jay vira pesadelo quando eles acabam testemunhando um ritual de exorcismo na floresta, que deixa uma criança amarrada à beira da morte. Médica e de alma caridosa, Amy (Vanessa Curry) decide então ajudar a garota, sem saber que pode estar liberando também um mal horrível pelo local.

Floresta. Cabana. Seita. Exorcismo. O mal aprisionado. Criança demoníaca. Casal perseguido. A fórmula já vem pronta. Pra piorar, Jayakumar usa e abusa de uma trilha sonora incidente que nos irrita a cada vez que é entonada, tirando qualquer possibilidade do espectador ser surpreendido. Jayakumar não tem qualquer habilidade em criar tensão ou em dar sustos no espectador, apelando sempre para o corriqueiro som elevado nos jumpscares, que só assustam o espectador mais distraído.

É sofrível também como o diretor retrata a cultura indiana de maneira pejorativa, por um prisma estrangeiro grosseiro. Oras, vindo de lá era de se esperar um olhar mais carinhoso do diretor com suas próprias origens, no entanto, ele se entrega à fórmula hollywoodiana de se fazer terror e retrata tudo e todos de maneira excêntrica e rude. Os conflitos entre os personagens inexistem e as atuações são pífias. Ao final, ainda sobra tempo para uma cena pós-créditos que só nos deixa com ainda mais raiva pelo tempo que desperdiçamos.

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