Review | Vice Principals (1ª Temporada – Episódio 8)

Gamby, Russell e Melinda parecem formar uma balança emocional durante todo o decorrer da série: em momento nenhum, os três estiveram bem ao mesmo tempo. E essa escrita parece que não vai mudar tão cedo.

Agora, Gamby está indo muito bem – engatilhou um namoro com Amanda, viu sua filha aparentemente largar aquela ideia de andar de motocross e deixar de se debandar para o lado de Ray, e além de tudo, está se dando muito bem com a Diretora Brown, de quem inclusive recebeu uma proposta para uma promoção, em detrimento da expulsão de Lee.

Belinda não está tão bem assim, pois embora tenha reconquistado a aparente confiança no cargo de diretora, ela acabou perdendo de vez seus filhos – que preferiram a companhia do pai ausente à continuar morando em um hotel. Foi um golpe e tanto na diretora, que ao menos pareceu ter encontrado em Gamby um amigo em quem pode confiar e com quem pode trabalhar bem, diferente de Russel…

Que por sua vez, virou motivo de chacota de sua sogra, de sua mulher, dos alunos da escola, de Belinda e até de Gamby. Um “pau mandado”, segundo todos dizem. Alguém que vem tentando, à sua maneira, galgar respeito – num tiro que sai mais do que pela culatra, como ficou claro nesse episódio.

 

Neal Gamby e a diretora Belinda Brown, minutos antes dela entrar em seu "Modo Fera"

 

Nesse cenário todo, Gamby prefere se manter fiel à seu mais novo amigo e conta tudo o que está acontecendo à Russell, que sugere que os dois ataquem de maneira direta à diretora: se aproveitando de uma confissão feita por ela, que declara ter como ponto fraco o Gin (que dá nome ao episódio, vale ressaltar). Daí, surge a ideia de se usar uma caneta espiã para filmar os efeitos da bebida na diretora… É o Polishop servindo para os propósitos do mal.

Mas Gamby não estava tão disposto assim a participar de tudo isso… até descobrir que Amanda e Bill já tiveram um caso – possivelmente, ele era o único na escola toda que não sabia disso. Depois de uma hilária e e infantil reação, que era o mínimo que esperávamos dele, Neal concorda em participar do plano com lee, que resulta em uma catártica cena de quase possessão da diretora Melinda, que em seu “Beast Mode” causado pelo Gin, arruma briga na rua, canta, dança, flerta com homens casados, e até urina em uma viatura policial. Isso mesmo que você leu.

Terminando com Russell e Gamby tendo que levar Melinda até o seu quarto do hotel, em uma cena que nos lembra a psicodelia que foi aquela viagem de drogas do segundo episódio, Vice Principals deixa o terreno preparado para o último episódio da série. Agora os nossos doces vilões tem em mãos o que precisavam para destronar Brown e conseguirem a tão almejada cadeira de diretores, mas… vão conseguir fazer isso? Vão jogar fora, novamente de maneira estúpida, mais uma oportunidade? Ou vão, também mais uma vez, mostrar suas reais facetas em busca do poder?

Terminamos o episódio com muitas perguntas. Na verdade, quase as mesmas que nos fizemos desde o início da série: até onde vamos para conseguir o que queremos? O quanto vale ignorar as pessoas em nome dos propósitos? Em Vice Principals, podemos perceber que por debaixo das camadas de risadas, há muita sujeira, e não tem empatia que resista à figuras tão dúbias como Neal Gamby e Lee Russell.

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