Review | A Química que Há Entre Nós (Amazon Prime Video)

Sucesso entre o público infantojuvenil, os livros voltados para esta faixa etária vêm acumulando uma grande quantidade de exemplares vendidos e emocionando uma legião de fãs. Cada vez mais, os jovens procuram leituras onde possam se reconhecer e dividir com os personagens as mesmas dúvidas, descobertas e principalmente o amor.

Todo esse sucesso fez com que produtores e estúdios de cinema ficassem de olhos bem abertos para qualquer lançamento editorial em busca de uma história que conseguisse chamar a atenção dos jovens e consequentemente levá-los para os cinemas.

Lili Reinhart e Austin Abrams estrelam a adaptação de ‘Chemical Hearts’

Entre os maiores sucessos literários do gênero está A Culpa é das Estrelas, romance do autor John Green que desde o seu lançamento emociona os leitores com a história de amor entre Hazel e Augustus. A própria Hollywood, enxergando o potencial dramático da história, adaptou para os cinemas o popular livro em 2014 com os astros em ascensão Shailene Woodley e Ansel Elgort. Com muitas lágrimas da plateia e com uma bilheteria satisfatória nos cofres, não faltaram desde então adaptações baseadas em obras queridas pelos jovens.

A lista é imensa, destacando-se entre os mais populares Cidades de Papel (2015), Como Eu Era Antes de Você (2016), Tudo e Todas as Coisas (2017), Para Todos os Garotos Que Já Amei (2018), A Cinco Passos de Você (2019) e mais recentemente Por Lugares Incríveis (2020). Em comum, os títulos apresentam histórias de jovens em sua maioria descobrindo o amor, compartilhando experiências, dores e transformações.

Seguindo a linha, a Amazon Prime Video apresenta A Química que Há Entre Nós (Chemical Hearts no original), mais uma produção feita sob medida para os aficionados por romances, que vão encontrar aqui motivos de sobra para se emocionar.

Adaptação

A Química que Há Entre Nós baseia-se no romance de sucesso de Krystal Sutherland, lançado em 2017. A história acompanha o jovem Henry Page (Austin Abrams, de Euphoria), que acreditava que, entrando no último ano do ensino médio, finalmente conseguiria o cargo tão cobiçado de editor do jornal da escola.

Ao invés disso, ele é convidado a dividir o cargo com a novata Grace Town (Lili Reinhart, de Riverdale), uma garota misteriosa e encantadora. Com o tempo, Henry acaba se apaixonando por ela – ou pelo menos por quem ele acredita que ela é – e está determinado a ajudá-la a juntar os pedaços de sua vida, mesmo ela não gostando muito desta ajuda.

Assim como citado nos exemplos acima, este novo filme vai direto na essência dos jovens, despertando os mais diferentes sentimentos, mostrando todas as nuances que os adolescentes vivem enquanto tentam chegar à fase adulta.

É importante destacar que, tanto neste filme como nas outras produções do gênero, existe um cuidado gigantesco em abordar certos temas presentes na vida dos jovens e que ainda são vistos como tabus pela sociedade.

Depressão, aceitação, saúde mental e até suicídio, são alguns exemplos de temas que muitos adultos evitam debater, deixando vários adolescentes angustiados por não terem com quem dividir esses problemas e frustrações.

Mesmo bastante delicados, tais temas são retratados como uma maneira de se iniciar um diálogo, para que cada vez mais os jovens possam sinalizar que estão precisando de ajuda e assim conseguirem passar por esta fase tão difícil de suas vidas.

Henry tenta se aproximar de Grace, que esconde um segredo

O filme apresenta a clássica história do garoto que encontra a garota e acabam se apaixonando. Essa trama sempre esteve presente na história do cinema, o que ocorre agora é que esse mesmo tema é tratado com um olhar mais realista, fugindo da caricatura, tentando ao máximo transmitir toda a jornada de autodescoberta, capturando as emoções, decepções e confusões de ser um adolescente em transição para o mundo adulto.

Mesmo sempre buscando a verdade, o filme não foge de alguns clichês de produções do gênero. Alguns parecem até proporcionais e necessários para deixar a história mais acabada e emocionar nos momentos certos. Outros, nem tanto.

Acompanhar a história dos protagonistas é um exercício intenso, principalmente devido aos mistérios envolvendo a protagonista Grace. Sabemos desde o começo que um grande trauma a persegue e cabe ao apaixonado Henry desvendar tal mistério e servir de apoio. Mesmo assim, a dupla protagonista segura as pontas e consegue desempenhos comoventes nas diversas cenas dramáticas.

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