Review | Game of Thrones (7ª temporada – COM SPOILERS)

ATENÇÃO! ESTE REVIEW CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS E DA 7ª TEMPORADA DA SÉRIE!

Game of Thrones, maior fenômeno da televisão mundial dos últimos anos caminha a passos largos para seu final. E digo largos mesmo, porque em uma temporada de sete episódios aconteceram eventos importantes para pelo menos dez nas anteriores. O motivo alegado para os cortes são os altos custos para cada capítulo, o que se pode ver no capricho visual desta sétima temporada. Mas podiam ter caprichado mais nos roteiros ou – sei lá – esticado mais os episódios, já que o elenco mais bem pago da TV ganha por cada um. Os fãs certamente não iriam reclamar. A partir de agora, vou tentar dar o mínimo de spoilers.

O final desta penúltima temporada redimiu de certa forma o episódio anterior, muito criticado pelos fãs, tanto por subverter as leis da física, quanto pelo clima de telenovela (#jonerys). Mesmo com o fechamento de diversos arcos e indicação de outros, muita gente ainda chiou. Não adianta reclamar: aquilo que era uma das marcas do seriado, as mortes surpreendentes de personagens queridos, não cabem mais nesta reta final. Quem se for, será dentro de um contexto geral, como já está acontecendo. E, no final das contas, os produtores acabam dando ao público o que eles querem ver. Game of Thrones vai acabar, mas já estão sendo planejados até cinco (5!) spin-offs do seriado. Viveremos em Westeros por um bom tempo ainda.

Mas é inegável que há uma mudança no tom após o fim da relação com os livros de George R.R. Martin, cujas Crônicas de Gelo e Fogo terminam com o assassinato de Jon Snow (Kit Harrington, de Pompéia), que na TV aconteceu no fim da quinta temporada. O protagonismo do suposto bastardo de Ned Stark e Daenery Targerion (Emília Clarke, de Como Eu Era Antes de Você) foi reforçado, com a aclamação do primeiro como Rei do Norte e a chegada da segunda a Westeros à frente de uma força militar aparentemente imbatível.

A expectativa de uma conclusão da guerra dos tronos nesta temporada, para que a última se concentrasse na luta contra os Caminhantes Brancos, não se cumpriu, felizmente. Como se viu, Cersei (Lena Headey, de 300) e seu séquito ainda tem muito a dar para a trama, principalmente após o desafio de Jaime (Nicolaj Coster Waldau, de Deuses do Egito). E o que podemos esperar da oitava e última temporada, que pode acontecer somente daqui a dois anos (eu, pessoalmente, duvido)? Agora, os spoilers serão pra valer.

Começando pelo arco secundário das Ilhas de Ferro, quando Theon (Alfie Allen) salta do barco, deixando Yara à mercê de Euron, estava meio na cara que acabaria se redimindo, como aconteceu agora (com piada de saco e tudo) e que ele iria tentar resgatá-la. Com o tio do mal aparentemente rumando a Bravos atrás dos mercenários da Irmandade Dourada, possivelmente seu antigo lar deve ter pouca guarnição.

Em Winterfel, após a eliminação de Mindinho (Aidan Gillen, que estava fazendo hora extra no programa), o que resta para os irmãos Stark fazer, além de esperar pelos morto-vivos? Bran e Sam tem que contar a Jon Snow a verdade sobre sua origem. Como a revelação de que ele é o primeiro na sucessão do Trono de Ferro, levando em consideração a Dinastia Targeryan, vai afetar sua relação com Daenerys, especialmente depois de “ajoelhar e rezar” diante dela? Pelo que conhecemos dele, Jon tem sido o herói relutante, não fará sentido se ele, de repente, ambicionar o trono e tretar com sua tia Julia (leitores de Mario Vargas Llosa entenderão). Mas se ele se tornar rei de Westeros, Sansa poderá se tornar a Lady de fato de Winterfell. Arya, por sua vez, voltará à sua lista, praticamente esquecida nesta temporada, encabeçada por Cersei? No cenário atual, faz muito mais sentido Jamie cumprir a profecia de quem um irmão iria matá-la. Montanha e Cão, outros listados para morrer, devem acabar se enfrentando no aguardado Clegane Bowl, ou a aguardada luta entre os irmãos.

No cerne da narrativa, os Caminhantes Brancos chegaram detonando, e vai ter que rolar muita coisa para detê-los. Ainda mais com Cersei maquinando na retaguarda junto com Euron. Não está certo o papel de Tyrion nisso tudo. O que ele falou com a irmã no último encontro? Por que o olhar estranho quando descobriu que Jon havia se submetido a Daenerys? Se não faz sentido ele trair a Mãe dos Dragões a essa altura do campeonato, ele também não tem sido muito relevante desde que flechou seu pai na privada.

 

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