O sucesso da franquia John Wick levou à produção de pelo menos dois spin-offs. O primeiro deles, O Continental: Do Mundo de John Wick, já tem seus três episódios disponíveis no Prime Video e é muito legal. O outro, o longa Ballerina, com Ana de Armas, está previsto para o ano que vem.
A minissérie conta como Winston (Colin Woodell, de A Comissária de Bordo, como a versão jovem do personagem de Ian McShane) chegou ao poder no icônico hotel The Continental.
O primeiro episódio é fodástico, centrado no irmão mais velho do protagonista, Frankie (Ben Robson, de Animal Kingdon), um veterano do Vietnã, que por algum motivo se volta contra seu chefe, Cormack O’Connor (Mel Gibson atuando só com o carisma, o que é muito), para roubar uma prensa daquelas moedas usadas no hotéis do crime.
A cena da invasão do Continental é sensacional, no melhor estilo John Wick, mas o episódio – praticamente um longa-metragem – não para aí.
Winston é trazido de Londres (daí seu sotaque posterior) para achar o irmão, e acaba se encontrando com uma gangue de contrabandistas de armas, formado por Miles (Hugh Point-Du Jur), sua irmã Lou (Jessica Allain) e Lemmy (Adam Shapiro).
Uma policial, KD (Mishel Prada) mostra um estranho interesse por Frankie e pelo Continental. Paro por aqui para não dar spoiler.
O segundo episódio é de ligação com o clímax, então há menos ação, mas são introduzidos novos personagens, como o sniper Jenkins (Ray McKennon) e a rainha dos mendigos, além de sabermos mais do jovem Charon (Ayomide Adegum) e de Yen (Nhung Kate), namorada de Frankie.
O terceiro é a apoteótica conquista do castelo, o que não é spoiler porque sabemos de antemão que Winston vai tomar a gerência de Cormack, mas não como. De modo geral, por conta de já sabermos de antemão o resultado da rixa, o roteiro dá várias voltas até chegar ao clímax, com lutas meio comuns e muitos clichês.
Mas ainda assim termina de modo satisfatório e com ganchos para uma sequência, que vai depender, é claro, da audiência.
