Review | Maze Runner: A Cura Mortal

Recentemente, filmes com distopias baseados em livros voltados para o público adolescente fizeram bastante sucesso nos cinemas. O mais conhecido deles talvez seja Jogos Vorazes, mas Divergente e Maze Runner também fizeram certo sucesso.

Quando Maze Runner e Divergente lançaram seus primeiros filmes em 2014, Jogos Vorazes já se preparava para lançar a primeira parte de seu capítulo final, ou seja, já tinha conquistado o público e praticamente mostrado muito do que poderia ser feito no gênero. Divergente caiu num insucesso terrível, tanto que o último filme até agora não saiu do papel e é capaz que nunca aconteça.

Maze Runner também teve suas limitações, mas o pior de tudo aconteceu durante as gravações do terceiro e último filme da saga, quando o ator principal, Dylan O’Brien (O Assassino: O Primeiro Alvo), sofreu um acidente quase fatal. Isso fez com que as filmagens atrasassem um ano.

E agora, depois de Maze Runner: Correr ou Morrer, Maze Runner: Prova de Fogo e da recuperação de seu astro principal, finalmente Maze Runner: A Cura Mortal chega aos cinemas.

Com direção de Wes Ball, que também havia dirigido os dois capítulos anteriores, Maze Runner: A Cura Mortal, se inicia logo após o término de Prova de Fogo, quando a resistência e alguns clareanos, liderados por Thomas (O’Brien), decidem resgatar Minho (Ki Hong Lee de 7 Desejos) das mãos do CRUEL.

Existem três qualidades em Maze Runner: A Cura Mortal, Wes Ball parece sentir-se mais à vontade para colocar um ponto final na história e sem a necessidade de dividir o filme em dois (como outras sagas fizeram).

Outro ponto que se deve destacar é o roteiro que, dessa vez, acerta em não fazer dos personagens meros “runners”. Há foco em suas ações, tanto do lado dos clareanos, quanto do lado do CRUEL. Vemos mais cenas de Janson (Aidan Gillen da série Game of Thrones) e, principalmente – e finalmente – Teresa (Kaya Scodelario de Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar) sendo importante para a trama.

As cenas de ação, diferentemente da parte 1, onde eram mais contidas e tinham aquela sensação de novidade e surpresa, e diferentemente da parte 2, onde eram mais cheias de efeitos, mas que não agregavam tanto à trama, dessa vez, além de bem filmadas, são importantes para todo o contexto e fazem o filme fluir.

Mas claro, Maze Runner: A Cura Mortal tem alguns problemas que irão incomodar quem for esperando algo extremamente inovador. Sendo uma história adaptada de um livro voltado para adolescentes, Wes Ball não consegue fugir muito de sua proposta, mas faz dele um pipocão hollywoodiano típico que seu público está acostumado a ver. Com isso, existem as cenas de emoção exageradas (mas belas, os últimos minutos do filme podem fazer os fãs chorarem), os personagens que explicam demais fora de hora, o vilão que fala demais ao invés de matar logo o herói (ou vice-versa), o momento de tensão que dura mais do que deveria, enfim, tudo perfeitamente compreensível para quem já é fã dos filmes anteriores.

Ao final, fica a sensação de que Maze Runner: A Cura Mortal, mesmo fora de época, encerra muito bem uma saga que teve diversos problemas.

 

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