Review | Vingança a Sangue Frio

Na mesma semana em que um filme de ação genérico estreia na Netflix (Operação Fronteira, que eu já avaliei aqui), chega aos cinemas uma agradável surpresa que não revoluciona a ação – e nem quer – mas que pelo menos diverte bem mais que o colega de gênero.

É até irônico, pois Vingança a Sangue Frio (Cold Pursuit no original) também não se ampara na ação de fato e, quando vemos Liam Neeson protagonizando um filme de vingança – sim, mais um – esperamos uma reedição da trilogia Busca Implacável ou algo que se aproxime de algum longa da ótima parceria com o diretor Collet-Serra.

Mas não, este remake americano dirigido por Hans Petter Moland, que também dirige o original norueguês, O Cidadão do Ano, é muito mais uma experiência excêntrica onde a ação funciona apenas de pano de fundo.

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É uma pena que Vingança a Sangue Frio ficará marcado mais pela polêmica envolvendo o nome de Neeson e sua declaração/confissão racista em uma entrevista, dias antes da première internacional e que atrasou até mesmo a estreia do filme aqui no Brasil, do que pelo próprio filme em si.

Bastidores à parte, Vingança a Sangue Frio agrada com seu humor a la Fargo que, embora não seja nada original e genial, pode tirar boas risadas com sua montagem repleta de ironias e tiradas com o gênero.

O filme se assume pastelão, no sentido bom da palavra, o vilão vivido por Tom Bateman (Assassinato no Expresso do Oriente) é afetado e repleto de trejeitos, seus surtos psicóticos com as sequentes mortes de seus capangas o levam à loucura.

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Ainda que Neeson não tenha a veia cômica necessária para um filme desse tipo, sua presença carismática ajuda o espectador a comprar a ideia de sua vingança contra os malfeitores de sua cidade que tiraram a vida de seu filho.

Por fim, o que se destaca em Vingança a Sangue Frio é a montagem autêntica que tira sarro de mortes e situações dramáticas que em outros filmes seriam considerados gatilhos para emocionar, mas que aqui Moland parece não ter pudor algum em nos fazer gargalhar.

 

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