Estreia de A Casa do Dragão prenuncia repetição do sucesso de Game of Thrones (com review)

 

Após sua estreia mundial no último domingo, na HBO e HBO Max, A Casa do Dragão virou trending topics no Brasil e reacendeu a paixão pelo universo de Game of Thrones. De olho no sucesso, e para colher novos assinantes para a HBO Max, a Warner vai reprisar o primeiro episódios em seus canais por assinatura mais acessíveis.

Sexta 26 de agosto

Warner Channel – 21h40
TNT – 22h30

Sábado 27 de agosto

SPACE – 21h
TNT Séries – 22h
Cinemax – 23h

Baseada no icônico universo criado por George R.R. Martin, a nova série se passa cerca de 200 anos antes da história contada em Game of Thrones. Somos introduzidos à sucessão do velho rei Jaehaeris Targeryan, que não tem filhos homens vivos e tem como herdeiros sua neta mais velha, Rhaenys (Eve Best, de Nurse Jack), e outro mais novo, Viserys (Paddy Consedine, de Peaky Blinders), que acaba ganhando o trono simplesmente por ser homem.

Como sempre, Martin usa fatos históricos para basear suas histórias, neste caso, a Lei Sálica dos francos, que excluía as mulheres da linha sucessória das monarquias europeias, e originou diversas guerras dinásticas.

Este episódio piloto é apenas a centelha no pavio que vai detonar o conflito na casa Targeryan. Já de cara somos apresentados à princesa Raenyra (Milly Alcock, quando adolescente, e Emma Darcy, de Truth Seekers, quando mais velha), uma intrépida domadora de dragões, mais afeita à aventura que aos afazeres da corte.

Sua melhor amiga é Alicent Hightower (Emily Carey, que fez a Diana menina em Mulher-Maravilha, e Olivia Cooke, de Jogador Número 1, mais tarde), filha da Mão do Rei, Otto Hightower (o ótimo Rhys Ifans, o Lagarto da franquia Homem-Aranha), que vai se tornar sua rival no futuro.

O ex-Doctor Who e príncipe Phillip de The Crown, Matt Smith, é Daemon, o dissoluto irmão do rei, comandante da Patrulha da Cidade, um Bope medieval que toca o terror entre a população mais pobre de Porto Real. Ele não se intimida em se autointitular herdeiro do Trono de Ferro, apesar da oposição do Conselho Real.

Serpente do Mar

Outros personagens importantes são Lord Corlys Velaryon (Steve Toussaint, de Príncipe da Pérsia), senhor da Casa Velaryon, uma linhagem valíria tão antiga quanto a Casa Targaryen. Com “A Serpente do Mar”, o mais famoso aventureiro náutico da história de Westeros, Lord Corlys construiu sua casa até torná-la tão poderosa que é inclusive mais rica do que a dos Lannister e afirma ter a maior marinha do mundo. Ele é casado com a princesa Rhaenys, “a rainha que nunca foi”.

Criston Cole (Fabien Frankel, da minissérie O Paraíso e a Serpente), jovem de ascendência dorniense, filho comum do mordomo do Senhor de Blackhaven, não tem direito a terras ou títulos. As únicas coisas que possui são a honra e a habilidade sobrenatural com a espada.

Mysaria (Sonoya Mizuno), prostituta que chegou a Westeros sem nada, vendida mais vezes do que consegue se lembrar. Poderia ter definhado, mas na verdade se ergueu para se tornar a aliada mais confiável – e mais improvável – do príncipe Daemon Targaryen, o pretenso herdeiro do trono.

O objetivo da série é ocupar o posto de carro-chefe da HBO Max, e portanto, o valor de produção é visivelmente alto, e as referências à sua antecessora são várias. A jovem Milly Wilcock evoca Daenerys ao cavalgar seu dragão (na verdade, só a vemos desmontando: há limites até para o orçamento milionário) e ao proferir a icônica ordem dracarys mais adiante.

A música tema é citada ao logo do episódio, mas só a ouvimos em toda sua glória no final, comum coro em… valeriano? Também há muito sangue, sacanagem e traição que foram a marca registrada de Game of Thones, sem falar no elenco predominantemente britânico, que é garantia de atuações decentes.

Vai repetir o hype? Impossível afirmar, mas ao menos a largada foi bem promissora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *