Review | The Last of Us: 1º Episódio (HBO Max)

Um dos lançamentos mais aguardados do ano, a série The Last of Us estreou travando o streaming HBO Max no último domingo, 15 de janeiro, algo que não tinha acontecido nem durante A Casa do Dragão (o sucessor de Game of Thrones), nem nas transmissões da UEFA Champions League.

Inspirado em um dos jogos mais populares do mundo, a produção tinha duas tarefas inglórias: quebrar a maldição dos produtos audiovisuais originários de games e escapar da inevitável comparação com The Walking Dead, que também explora um mundo pós-apocalíptico infectado por zumbis canibais.

Pois os showrunners Craig Mazin, responsável pelo sucesso de público e crítica Chernobyl; e o criador do universo The Last of Us, Neil Drukmann, passaram pelas provas com louvor.

Este primeiro episódio foi cinematográfico, começando com uma breve explicação sobre a plausibilidade de uma infecção zumbi mundial (com a participação sempre ótima de John Hannah, da trilogia A Múmia e de Quatro Casamentos e um Funeral); seguido por um excelente prólogo sobre a vida de Joel Miller (Pedro Pascal) antes da pandemia, com destaque para Nico Parker, de Dumbo.

A transição da vida cotidiana para a o horror que se aproxima tem sinais sutis, até que toda a civilização desmorona, junto com o mundo de Joel.

Um corte para 20 anos mais tarde e vemos os Estaodos Unidos transformados em uma ditadura militar conhecida como Fedra, combatidas por uma organização chamada Vagalumes. Sob a justificativa de se proteger dos infectados, cada ex-metrópole americana vive sob lei marcial e cercada por muros, onde saídas sem autorização para o mundo exterior são punidas com a morte.

Joel e sua parceira Tess (a ótima Ana Torv, de Fringe e Mindhunters) vivem no limbo entre os subempregos e a ilegalidade para tentar contatar o irmão Tommy (Gabriel Luna, o Motoqueiro Fantasma da série Agents of Shield).

Após um negócio que dá errado, a líder dos Vagalumes de Boston, Marlene (Merle Dandridge, que dubla a personagem no game), o encarrega de levar a garota Ellie (Bella Ramsey, que, quando criança, roubou a cena em Game of Thrones como Lyanna Mormont) até a base dos revolucionários no Capitólio.

É um episódio/longa-metragem com uma hora e 25 minutos de duração, encerrado ao som de Never Let me Down Again, do Depeche Mode, e que além de nos deixar ansiosos pelo que virá a seguir, deixa para trás qualquer outro filme ou série saídos do videogame – ou mesmo o universo The Walking Dead, por melhor que tenha sido seu começo.

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