Review | Loja de Unicórnios

Enquanto domina as bilheterias mundiais com Capitã Marvel e aumenta a expectativa para sua estreia em Vingadores: Ultimato, Brie Larson é uma daquelas atrizes que já está há bastante tempo em cena, mas que só agora começa a atingir o grande público.

Brie tem uma extensa filmografia, mas só começou a chamar atenção em 2013 com Short Term 12. Sua carreira mudaria quando, em 2015, tornou-se a queridinha da temporada de premiações ao estrelar, ao lado do prodígio Jacob Tremblay, o contundente O Quarto de Jack, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz e colocou seu nome como uma das grandes promessas de Hollywood.

Politizada e feminista, Brie Larson é um dos nomes mais atuantes em manifestações pelos direitos das mulheres e contra denúncias de assédios, principalmente aqueles praticadas por chefões de estúdios em Hollywood. Sua luta ganha cada vez mais destaque e toda a mídia em cima de Capitã Marvel serve para que a atriz amplie sua voz e sua luta pelos direitos iguais entre os atores e por melhores condições de trabalho.

Estreia

Loja de Unicórnios marca a estreia da atriz no comando de um longa-metragem – anteriormente, dirigira Weighting (2013) e The Arm (2012), dois curtas-metragens. Nesta produção, acumula não apenas a função de diretora, mas também estrela e produz esse filme já disponível na Netflix.

Na trama, Kit (Brie Larson) volta para a casa dos pais com uma sensação de fracasso por não conseguir reconhecimento na profissão que escolheu e decide então deixar os sonhos de lado e encontrar um emprego convencional. Porém, tudo muda quando recebe uma carta com um convite tentador: uma loja diz vender o que ela quer e precisa.

Kit então é tomada pela curiosidade e decide visitar a tal loja. Chegando lá, encontra o Vendedor (Samuel L. Jackson), que lhe oferece um sonho de infância: ter um unicórnio. Mas para isso, ela terá que provar que é capaz de mantê-lo e criá-lo em um ambiente feliz e é exatamente aí que começa uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento.

Estranheza

Em meio a uma sociedade cada vez mais violenta e acelerada, filmes como Loja de Unicórnios chegam a causar grande estranheza. Toda a produção é bastante ingênua e colorida, tornando essas as características principais de seus personagens, assim como as maneiras de cada um deles agirem. O tom de conto de fadas é proposital e várias metáforas aparecem de forma bastante inquietantes na tela. Existem boas sacadas de humor e o visual leve e colorido sempre ajudam na condução da história.

Loja de Unicórnios, além de destacar a presença de Brie, também se derrete por Samuel L. Jackson, em mais um personagem feito sob encomenda para o ator. Assim como visto em Capitã Marvel, a química da dupla é bastante explorada e os dois em cena parecem sempre se divertir.

Com um enredo inteligente e uma estética desafiadora para os dias de hoje, Loja de Unicórnios parece existir com o intuito de mostrar que, por mais que as pessoas cresçam e deixem de seguir seus sonhos, todo mundo precisa de uma pitada de magia para voltar a acreditar e a conquistar aquilo que sempre sonhou ser.

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